Cósmico leitor,

 

Nem sempre escrever é um ato leve, às vezes, é arrastar a alma pelos dedos…

 

Sentar com o papel em branco sem nenhuma vontade, sem nenhuma ideia brilhante… Mas algo em nós insiste.

 

Escrever sem vontade parece um contra-senso, como dançar sem música, como plantar no escuro. E mesmo assim, quando a gente tenta, acontece um milagre estranho: as palavras vêm. E não do jeito bonito, mas do jeito que precisa.

 

 

Quando o corpo escreve antes da alma chegar

 

Tem dias em que a alma demora para acordar, e a gente abre o caderno sem esperança de que algo vá nascer dali. Só que é justamente nesses dias que descobrimos a força do hábito, da persistência, da presença, da determinação, da crença em nós mesmos.

 

Escrever sem vontade é como atravessar uma neblina: As palavras surgem aos poucos, borradas, tropeçando umas nas outras, mas mesmo assim, cada letra é uma pegada no caminho de volta para si… É como se o corpo soubesse o caminho mesmo quando a mente se perde.

 

Escrever sem vontade revela o que estava escondido

 

Muitas vezes, a gente pensa que não quer escrever, mas o que está acontecendo, na verdade, é que estamos com medo do que pode aparecer. É comum a falta de vontade ser resistência disfarçada, porque escrever, mesmo sem inspiração, revela verdades cruas, como mágoas abafadas ou sonhos que esquecemos de sonhar.

Então, trago algo que disseram para mim e sempre guardei comigo: Escrever sem vontade, quando feito com gentileza, pode ser o momento mais verdadeiro da semana.

 

 

Reflexão Cósmica:

 

Você não precisa querer escrever para começar. Pode só se permitir estar ali, presente, mesmo sem expectativa, porque muitas vezes, é nesse estado de “não querer” que nasce a escrita mais honesta.

A Deusa da Terra caminha descalça mesmo nos dias nublados. Ela escreve com terra nos dedos.

Não precisa de vontade…. Precisa só de presença.

  

 

 

Se quiser, me conta como foi a experiência.

Você não precisa fazer isso sozinho.