
Vida, com Gosto de Contradição
Tem dia que a vida ri da sua cara,
te entrega um estresse com laço de fita,
joga um desemprego no colo,
e diz: “vai com dignidade, bonita!”
A empatia parece de férias,
a música não toca no ponto.
A dor vem com pose de arte
e se pendura no teu ombro tonto.
Mas a criança em você insiste,
com um lápis de cor na mão.
Pinta a saudade na parede,
e chama isso de superação.
Tem bravata no discurso bonito,
e sinceridade no tropeço.
Tem Majin Boo nos pensamentos,
te lembrando que o “estranho” tem preço.
Você vai, meio asseado,
equilibrando angústia e fé.
Segura a fidelidade pelos cabelos
e diz: “só não larga do meu pé!”
A Pinacoteca da alma é confusa,
mas carrega tanta beleza…
até o bicho de pé ganha moldura
quando visto com delicadeza.
A cada tropeço, um ensaio,
com a coragem na contramão.
Faz da bagunça continuação,
da queda, sua resiliência,
e do riso torto, amor em construção.
Então viva.
Com bravata ou poesia,
com persistência e ironia.
Porque a vida é isso aí:
um caos…
mas com certa melodia.

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