Cósmico leitor,
Tem caminhos que a gente não escolhe,
mas que, de algum jeito, nos escolhem.
São aqueles momentos em que a vida muda de tom
não porque tudo fez sentido, mas porque algo em nós
se partiu… e, no espaço da quebra, nasceu outra coisa.
Escrevo hoje sobre esse tipo de jornada…
não a que começa com mapas, mas a que começa com perguntas.
A que não exige pés firmes, mas coragem de sentir.

O caminho não era fora. Era em mim.
Eu já tentei me achar em lugares, pessoas, planos…
Mas foi quando me vi sozinha, escrevendo o que doía,
que percebi que a minha jornada estava por dentro.
A cada frase que nascia,
uma lembrança ganhava nome.
Tinha um medo que encontrava contorno.
e uma parte resolvia se ajeitar no corpo.
Não foi bonito o tempo todo.
Houve dias em que tudo que escrevi era raiva, mágoa, saudade, desespero….
Mas até nessas palavras tortas, havia uma bússola silenciosa.
Era a minha alma se revelando aos poucos.
E eu me lendo, como quem se descobre.

A escrita como espelho da jornada
Hoje, eu sei que escrever é caminhar sem sair do lugar,
mas voltar diferente de onde se começou.
A escrita foi meu abrigo, meu mapa, minha paz e meu grito.
E, mais do que tudo, foi meu espelho.
Porque ao escrever, vi quem eu era de verdade.
Vi o que tentei esconder.
E também vi o que florescia, mesmo no escuro.
Foi assim que entendi:
eu não sou só a história que vivi.
Sou também a história que escolhi contar sobre mim.
Reflexão cósmica
O Deus do Universo diz que todo escritor atravessa estrelas e sombras antes de voltar para casa.
A Deusa da Terra sorri em silêncio,
porque sabe que toda cura começa quando a gente para de fugir do que sente.
Convite à escrita:
Hoje, escreva sobre uma travessia sua.
Não precisa ser grandiosa. Pode ser algo pequeno, íntimo.
Só escreva como quem caminha de volta pra casa.
A sua casa interior.
E você?
Já se leu nos caminhos que percorreu?
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