O Legado das Sete Cores – Parte 1

 

A origem dos objetos mágicos

Diz a lenda que, no início de tudo, o mundo era branco.

Branco como uma página antes da primeira palavra 

Ou branco como um silêncio que ainda não sabe seu som.

Foi quando Deus, em forma de estrela cadente que caiu no útero da Terra.

Desse encontro nasceu o Arco. 

O Arco é uma ponte de energia viva, feita de sete cores.

E de cada cor, um objeto.

De cada objeto, um poder.

Não eram armas. Nem ferramentas…

Eram fragmentos. Fragmentos do que a humanidade precisava.

O tempo.

O alimento.

A água.

A natureza.

A memória.

A paz.

O amor.

Sete objetos foram confiados a sete Guardiões, espalhados pelos reinos flutuantes. Mas o mundo, em sua pressa, esqueceu os caminhos.

E agora, para encontrá-los novamente.

é preciso seguir os poemas deixados em forma de sussurro nos ventos antigos de um planeta quase esquecido.

 

 

Os 7 poemas do Arco

 

  • A fruta do coração cristalino
    Nasce em solo de resiliência,
    entre espinhos e paciência.
    Tem sabor de tarde quente,
    e um toque romântico diferente.
    É fruta que nutre com felicidade,
    e deixa um rastro de gratidão.
    Um gosto gostoso de verdade,
    que alimenta mais que o pão.

 

  • A ânfora do infinito
    Dentro dela, a água dança
    e reflete a esperança.
    Quem beber vai ver o céu
    Isso é um baita troféu.
    Vê um arco-íris que respira,
    sente um amor platônico que gira,
    descobre a força da empatia
    num mundo extraordinário de poesia.

 

  • A estrela do silêncio
    Paira alta na noite e no silêncio,
    não precisa de refrão.
    Quem a vê se sente inteiro,
    quem a toca diz: “sou chão”
    A paz não é ausência…
    é presença que sorri.
    E quem encontra essa luz branda
    se descobre feliz por si.

 

  • O Relógio das horas calmas
    Tique, taque, tempo exato,
    não tão solto, nem tão chato.
    Balança a vida com um frêmito,
    ensina o ritmo comedido.
    Onde há foco, nasce o gesto.
    Onde há rigor, pulsa o resto.
    Um tempo certo em cada mão…
    e a motivação como coração.

 

  • O manto das estações
    Tecida em florais azuis,
    costurada em girassol
    veste a alma que flutua
    sem saber qual é o sol.
    Sussurra fé, oferece abrigo.
    exige constância, segue contigo.
    E até um sonho piegas dança
    sob o peso da perseverança.

 

  • A pena da memória sonhadora
    Com uma pena feita em sonho,
    escrevo o que já fui e sou.
    Cada traço é tão autêntico
    quanto o suspiro que ecoou.
    Escreve o coração do tempo,
    revive o último livro lido.
    E faz da dor uma concussão
    que transforma tudo em sentido.

 

  • O espelho do amor interestelar
    Não mostra rosto nem aparência,
    mostra intenção e essência.
    Cada brilho que ele exala
    é desejo em forma clara.
    Reflete o intuito mais secreto,
    o medo, o sonho, o afeto.
    Alguns veem promessas que não disseram,
    outros, os sentimentos que tiveram.
    E há quem veja, com alma exata,
    o olhar perdido de um psicopata.

 

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Fragmentos Literários

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