
A Incrível Aventura do Condimento Oblongo
Era uma vez uma extraordinária expedição que começou de forma totalmente inusitada. Começou com uma fita cassete de Ozzy Osbourne tocando em pleno deserto, enquanto o grupo olhava para o céu estrelado, tentando decidir se valia a pena pedir perdão às próprias decisões duvidosas da vida.
Havia uma certa beleza naquela cena. Era um grupo de aventureiros sem rumo, recitando uma espécie de oração improvisada, misturada com risadas e gritos de “gratidão!”. Não sabiam se era a sabedoria ou apenas a falta de rumo que os guiava, mas havia compaixão entre eles, e principalmente paciência para aturar as manias uns dos outros.
O tempo passava, e nada de encontrar a cidade perdida que prometia prosperidade. Só encontravam bares com karaokê desafinado, onde a palavra “bad” parecia tatuada no semblante dos cantores. Depois de uma noite de bebedeira, até topariam com um cadáver estranho, mas logo descobriam que era só um manequim abandonado em uma vitrine quebrada.
No fundo, eram como uma família, dividindo cansaço e sonhos. Um deles, para matar o tédio, começou a ensinar crochê à beira da fogueira, enquanto outro jurava que havia uma conspiração secreta envolvendo mapas, bússolas, sextantes e… uma colher de pau.

Mesmo assim, havia inovação na forma como enfrentavam cada dia: sempre com gargalhadas. Descobriam que a felicidade podia estar em coisas pequenas, como lembrar a infância, ou acreditar que cada tropeço era só mais um crescimento, um convite ao recomeço.
Mas não se enganem, porque quando um trovão sacudiu as montanhas, trazendo chuva e lama, tudo parecia menos filosófico. Eles correram, escorregaram e afundaram em meio a lírios encharcados, gritando “boa noite!” uns para os outros como se fosse senha secreta.
No meio do caos, um dos aventureiros, apaixonado por poesia, parou para escrever sobre a importância da empatia, fez isso até ser interrompido pela solidão de uma mochila esquecida atrás da tempestade. “Meu sonho é sobreviver a essa viagem!”, ele gritou.
Foi então que chegaram às ruínas de um templo secular, onde descobriram uma estranha sala de repatriação de almas. Não sabiam se deviam rezar ou rir. O templo estava coberto de estantes cheias de frascos com condimentos misteriosos, guardados por uma enorme libélula que parecia hipnotizar quem a olhava.
A situação piorou quando houve uma cisão no grupo, já que uns queriam seguir, outros não. Um dos amigos virou dissidente, declarando que preferia viver na mata comendo biscoitos vencidos do que continuar a busca.
No fim, o que restou foi a lembrança daquele tesouro improvável: um pote de mostarda em formato oblongo, que se tornou a relíquia da aventura.
Assim terminou a viagem. E não foi com ouro, mas com histórias cheias de gargalhadas e um eterno gosto de ketchup picante.
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