

Quando a saudade vira canção
No coração nasce um sentimento raro,
feito de resiliência, às vezes bizarro.
A infelicidade bate à porta sem pudor,
mas chega um amor avassalador.
De uma crisálida tímida, rompe a manhã,
mesmo se vivemos aquém do que se quer amanhã.
Um incêndio premente pode queimar sem piedade,
ou virar chama doce de saudade.
A curiosidade dança, sempre em desafio,
como um lírio que nasce no meio do frio.
Entre batalhas, encontra-se a paz,
e o recomeço se ergue, simples e eficaz.
No frenesi da vida, tudo é esplêndido e louco,
há sofrimento que molda o destino pouco a pouco.
Mas o amor insiste em querer fazer,
até mesmo a monarquia aprender a viver.
Entre capas de veludo e discursos sem rodeio,
há catarse e nostalgia em cada devaneio.
As felicidades surgem num tom italiano,
brindando à superação com gesto humano.É a sorte que ri em plena vibração,
um lápis azul riscando a canção.
Deixe um comentário