Cósmico leitor,

Você já releu um texto seu e sentiu que algo parecia fraco, repetitivo, sem a intensidade que queria transmitir? Muitas vezes, não é a ideia que falta brilho, mas a forma como escolhemos as palavras. Alguns termos, usados em excesso ou de forma automática, se tornam verdadeiros vícios de linguagem. Eles não apenas empobrecem a escrita, mas também distraem o leitor e roubam a força da mensagem.

Com meus estudos frequentes de escrita, eu pude determinar que escrever é como lapidar um cristal: o brilho aparece quando retiramos os excessos e deixamos apenas o que realmente ilumina.

 

 

O que são vícios de linguagem?

Vícios de linguagem são palavras, expressões ou construções que usamos de forma repetitiva, automática e, muitas vezes, desnecessária. Elas entram quase sem perceber, como muletas. O problema é que, quando aparecem demais, deixam o texto pesado e redundante, uma pura confusão.

Exemplos comuns:

 

  • Muito – “Ele estava muito cansado.” → Pode ser substituído por algo mais preciso: “Ele estava exausto.”
  • Coisa” / “Negócio” – “A coisa que ela disse…” → Melhor especificar: “A frase que ela disse…”
  • “Aí” / “Daí” / “Tipo” – As vezes, podem funcionar bem na fala, mas tornam a escrita pouco clara ou descuidada.
  • Redundâncias – “Subir para cima”, “entrar para dentro”, “elo de ligação”. São expressões que não acrescentam nada.

 

Por que eles enfraquecem a escrita?

1. Tiram a clareza → o leitor precisa adivinhar o que você quis dizer.

2. Diminuem o impacto → um “muito bonito” é menos poderoso do que “deslumbrante”.

3. Passam a sensação de descuido → como se o texto não tivesse sido revisado com atenção.

 

Como identificar vícios de linguagem no seu texto?

Leia em voz alta. Palavras repetitivas ou que soam estranhas logo se destacam.
Busque sinônimos mais fortes. Se escreveu “muito”, pergunte: qual palavra traduz essa intensidade por si só?
Corte o excesso. Muitas vezes, a frase fica mais elegante sem aquele “aí” ou “então”.

 

Exemplos na prática

Frase com vício: “Ela ficou muito triste com a coisa que aconteceu.”
Revisão: “Ela ficou devastada com o acidente.”

Frase com vício: “O professor falou um negócio que eu achei interessante.”
Revisão: “O professor fez uma observação instigante.”

Frase com vício: “Ele subiu para cima da escada correndo.”
Revisão: “Ele subiu a escada correndo.”

 

Reflexão Cósmica:

A Deusa da Terra lembra que, assim como as raízes precisam ser fortes para sustentar a árvore, nossas palavras precisam ser firmes para sustentar nossas ideias. O Deus do Universo sussurra que cada palavra escolhida é uma estrela no céu do texto, e estrelas repetidas demais perdem o brilho.

Escrever é escolher. Escolher é lapidar. Lapidar é dar ao leitor não apenas um texto, mas uma constelação de sentidos.

 

palavras

 

E você, cósmico leitor?
Já percebeu quais são os vícios de linguagem que rondam a sua escrita?

Categorias:

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