Livro: Sapiens – Uma Breve História da Humanidade
Autor: Yuval Noah Harari

Existem livros que ampliam o olhar. Outros, que desmontam certezas.
E tem Sapiens. Que simplesmente faz as duas coisas ao mesmo tempo, com muita precisão e uma lucidez quase desconfortável.

Harari escreve como quem segura um espelho e o coloca não diante de uma pessoa, mas da espécie inteira. É direto, super provocativo e profundamente acessível. E não importa se você ama história, ciência, filosofia ou só quer entender por que o mundo é como é.

O que mais me fascina é a forma como ele costura tudo, como biologia, política, economia, religião, psicologia, cultura… até que tudo faça sentido dentro de uma narrativa contínua sobre quem somos, de onde viemos e por que vivemos assim.

O que mais me tocou?

A Revolução Cognitiva.
O momento em que Harari afirma que o ser humano só conseguiu viver em grupos grandes por causa da fofoca, e o mais incrível: isso faz sentido.
Não a fofoca maldosa, mas a habilidade de transmitir informações sociais, criar laços, compartilhar histórias e construir realidades imaginadas em comum.
É como se ele dissesse:

“Vocês não dominam o mundo porque são fortes. Mas porque conversam.”

E isso muda tudo.
A linguagem como ponte.
A narrativa como sobrevivência.
As histórias como espinha dorsal das sociedades.

• Escrita clara, direta, instigante
• Conexões brilhantes entre áreas que parecem distantes
• Reflexões que ficam ecoando muito depois
• A coragem de questionar verdades aceitas

• Por ser muito assertivo, Harari às vezes simplifica discussões complexas
• Algumas hipóteses são mais interpretativas do que conclusivas
• Pode desafiar crenças pessoais (o que, pra mim, é um mérito, mas vale mencionar)

 

No fim, Sapiens é daqueles livros que expandem a mente.
Ele reorganiza pensamentos, provoca, incomoda e encanta.
Não é só um livro, é um convite para entender que nós, humanos, somos histórias ambulantes tentando dar sentido ao caos.

 

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