Cósmico leitor,

Nem sempre a felicidade está presente em todos os instantes da vida, mas a gratidão tem esse poder de nos ensinar a reconhecê-la quando ela cruza nosso caminho. Como uma estrela cadente que aparece por segundos, ela pode ser discreta, mas, se estivermos atentos, deixa marcas que iluminam muito mais do que imaginamos.

 

 

Felicidade em movimento: o meu olhar da gratidão

No meu caso, a gratidão se tornou um hábito de escrita. Eu comecei registrando coisas simples (coisas simples, como o cheiro de café numa manhã chuvosa, uma conversa inesperada que aqueceu o dia, até mesmo o silêncio que trouxe paz quando tudo parecia barulhento demais). Aos poucos, percebi que escrever sobre esses momentos era muito mais do que um exercício, que era também, um treino de olhar.

E esse treino mudou minha escrita. Ela passou a ser mais atenta aos detalhes, mais verdadeira. Quando me coloco diante da página em branco, já não espero que grandes acontecimentos me inspirem; sei que são justamente as pequenas coisas que sustentam minha criatividade. A gratidão me lembra que a vida é feita de fragmentos, e que, ao escrevê-los, transformo cada fragmento em constelação.

Vale a pena praticar a gratidão porque ela abre espaço. Espaço para enxergar beleza onde antes só havia rotina, espaço para se reconectar consigo mesmo e espaço para dar à escrita uma nova camada de profundidade. A gratidão não precisa ser grandiosa, mas quando se torna palavra, cria raízes e também estrelas.

 

Gratidão Desajeitada

Escrevi “obrigada” torto,
na pressa de não esquecer,
até meu erro virou afeto,
me lembrando de agradecer.

Agradeci ao café amargo,
que me acordou sem piedade,
ao ônibus atrasado,
que me deu tempo pra saudade.

Ri da planta quase morta,
que insistiu em florescer.
Até o caos do meu quarto
tem algo a me dizer.

Gratidão, confesso,
é meio atrapalhada em mim.
Mas é nesse tropeço bobo
que as palavras sempre têm fim.

 

 

Reflexão cósmica

A Deusa da Terra me ensina que a gratidão é raiz: ela finca no presente e me ancora, lembrando que mesmo o chão rachado pode florescer.
O Deus do Universo sopra constelações de lembranças, mostrando que cada gesto agradecido é uma estrela acesa no escuro.
Entre eles, aprendi que a gratidão não apaga dores, mas ilumina caminhos, e, quando escrita, torna-se eternidade.

 

Convite à escrita:

 

Pegue um papel ou seu diário e escreva:
Três coisas simples pelas quais você foi grato nesta semana.

 

Pode ser algo cotidiano, quase imperceptível: o cheiro da chuva, o abraço de alguém, um silêncio que confortou, uma conversa engraçada etc.

 

Esse pequeno ritual treina o olhar para perceber que, mesmo em dias cinzentos, há sempre lampejos de felicidade que cruzam nosso caminho.

 

E você, cósmico leitor?
Já experimentou escrever suas pequenas gratidões?

 

Categorias:

Escrita Expressiva

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Cósmica Palavra

Cada palavra escrita é uma estrela que não se apaga.

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