Dizem que antes do tempo e do mundo ter nome, havia somente o Espaço em sua dança silenciosa

 

De lá, nasceu Ele: o destemido Deus do Universo.

Feito de perguntas sem resposta e uma nebulosa curiosidade.

Costumava cantarolar ideias impossíveis entre galáxias,

E em cada nota nascia um brilho novo no céu.

 

Mas suas canções explodiam sem rumo,

Porque não havia chão para que germinassem.

 

Então, da poeira estelar que caiu sobre um planeta azul,

Ela despertou: a serena Deusa da Terra.

A sabedoria das raízes

E um coração florescente de intuição e cuidado.

 

Ela colhia o agora enquanto ele desenhava o depois.

Ele traçava constelações enquanto ela plantava raízes.

 

E mesmo separados, se ouviam.

As palavras que um cantarolava no escuro do espaço,

A outra anotava em pedras e folhas

 

Mas havia um problema:

O mundo dos humanos havia se esquecido de escutar.

 

Foi quando eles decidiram se unir.

Não em um templo, não em uma guerra,

Mas dentro de uma alma criadora.

 

Ali, nasceram como forças internas.

Ali, deixaram para trás a ignomínia do esquecimento,

E se fizeram presença viva

 

A escrita entre a estrela e o chão,

Entre o sagrado e o cotidiano…

Entre guerras e o amor…

 

Ali nasceu o Cósmica Palavra.

 

E desde então, cada vez que alguém escreve de coração aberto,

Esses dois despertam novamente:

O Universo sonha, e a Terra acolhe.

 

Categorias:

Fragmentos Literários

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Cósmica Palavra

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