Acordei com a certeza de que hoje tudo daria certo. Cinco minutos depois, derrubei café no currículo e tropecei no próprio chinelo. A vida, sempre sutil.
Sonhar é lindo nos livros de autoajuda, mas na vida real envolve boletos e uma planilha do excel que você preenche com astúcia… só para fechar dois segundos depois, porque lembra que tem contas a pagar e isso não combina com seu humor de “quero ser um panda no zoologico”.
Meus sonho atual? Ter tempo livre. O anterior? Trabalhar com algo que amo. O anterior desse? Casar com um baterista que conheci no ensino médio (spoiler: ele virou coach).
Mas sigo tentando. Porque, quiça, entre uma queda e outra, eu acerte o chão de um jeito que viralize no tik tok.
A verdade é que realizar sonhos exige mais do que motivação. Exige energia (ou três xícaras de café), organização (que eu confundo com 15 abas abertas no Google) e o mais importante, exige a coragem de ignorar todo mundo que pergunta “Mas isso ai dá dinheiro?”
Não dá. Mas dá propósito e um senso de direção com risadas nervosas.
E olha, é um desfile. Literalmente. A vida te joga na passarela com a meia-calça furada e o salto quebrado, para um público que te aplaude quando você acerta e some quando você tropeça. Mas você levanta, sacode o glitter, respira fundo e desfila de novo. Com classe. Ou com café. Que é quase a mesma coisa.
No fim do dia, tudo que a gente precisa é de um pouco de empatia (não só com os outros, mas principalmente com a gente mesmo), uma pitada de bondade (além de um chocolate escondido na gaveta) e o direito de rir da própria tragédia pessoal.
Porque se é para viver no improviso, que ao menos tenha um bom roteiro. E se possível um final feliz (Não estou pedindo muito).
Créditos finais: Dedico a todos que já choraram no banho depois de rirem do meme que lembrou a própria vida.

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