Cósmico leitor,

 

Hoje, trago um pequeno conto sobre escuta, perda e os sussurros que vivem no silêncio. Uma história que nasceu em um momento de pausa, quando percebi que nem sempre precisamos de respostas… às vezes, só de alguém (ou algo) que nos escute de verdade. Espero que essa escrita te leve para perto do seu próprio céu, aquele que fala baixinho quando o mundo lá fora grita demais.

 

 

O Céu Que Falava

 

Havia um lugar onde o céu não apenas brilhava, ele falava. Não em trovões, nem em gritos; mas em sussurros tão leves que quase se confundiam com o vento.

 

Diziam que apenas aqueles que já haviam perdido algo importante podiam escutá-lo. Que o céu só confiava seus segredos a corações que conheciam o silêncio por dentro.

 

Quando finalmente ousei ouvir, descobri que ele não contava histórias sobre o que era perfeito. O céu falava das imperfeições. Falava das coisas que quebramos tentando segurar, dos medos que disfarçamos de coragem, das palavras que nunca dissemos.

 

E em cada confissão sussurrada, senti uma costura invisível se formando dentro de mim. Não para apagar o que doía, mas para dar um novo jeito de carregar.

 

O céu que falava não prometia caminhos fáceis. Prometia apenas companhia. E, às vezes, é só isso que a gente precisa para continuar caminhando.

 

 

E você, cósmico leitor? Consegue escutar o que seu silêncio tem tentado dizer?

 

Entre versos e universos,

Julia Abreu

 

Categorias:

Fragmentos Literários

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