Livro: A Rosa do Assassino
Autor(a): Lazara Oliveira

Há livros que parecem dançar na beira do abismo, e não tenho como negar que A Rosa do Assassino é um deles. Uma história que mistura dor, paixão e redenção, em um cenário sombrio e ao mesmo tempo profundamente humano.
Aqui, o amor não é luz, é ferida. É a tentativa desesperada de florescer mesmo depois do caos. A Lazara conduz a narrativa com intensidade e delicadeza, explorando a dualidade entre culpa e desejo.
O que mais me tocou?
Foi a coragem da Lazara em mostrar o amor em suas formas mais desconfortáveis. Ela não tenta suavizar as dores dos personagens, não esconde o que é feio, mas transforma tudo em algo poético,eu diria que quase visceral.
Há uma melancolia bonita em cada página. A relação entre os protagonistas é marcada por traumas e segredos, cheio de tentativas falhas de cura, mas também por gestos pequenos de ternura, por silêncios que dizem mais do que palavras.
É um livro que não quer ser bonito o tempo todo (e justamente por isso, é inesquecível).
Pontos Altos:
- Escrita poética, intensa e madura
- Personagens complexos e cheios de camadas
- Relações construídas com realismo emocional
- Equilíbrio entre dor e sensibilidade
Pontos de Atenção:
- Alguns momentos são densos e exigem do leitor entrega emocional
- O ritmo é mais contemplativo, o que pode afastar quem busca ação constante
No fim, A Rosa do Assassino é sobre florescer mesmo no terreno da dor. Um livro sobre amor e culpa, numa delicadeza que sobrevive entre as ruínas.
Nota final:
(4,5 de 5 estrelas)
Para quem gosta de histórias sombrias e poéticas, que falam sobre amor e destruição com a mesma beleza, é uma leitura que marca muito.
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