Livro: O Gato Preto
Autor: Edgar Allan Poe

Há histórias que não só assustam, elas perturbam.
O Gato Preto, de Edgar Allan Poe, eu diria que é uma descida lenta ao abismo da culpa e da insanidade, levando à autodestruição.
Não é o tipo de terror que se esconde nas sombras, mas aquele que mora dentro de nós.
O conto é narrado em primeira pessoa por um homem comum, que, aos poucos, revela sua decadência moral e psicológica. O amor pelos animais, especialmente por seu gato Plutão, se transforma em ódio irracional, e esse ódio o leva a cometer atos impensáveis. O horror aqui não vem de monstros, mas da consciência humana, e daquilo que ela tenta esconder.
O que mais me tocou?
Foi o modo como Poe transforma o medo em espelho.
O gato é símbolo, é presença e culpa, é quase uma personificação do que o narrador tenta negar.
A escrita é intensa, claustrofóbica, fazendo com que a gente sinta cada batimento e peso da consciência.
Mais do que um conto de terror, O Gato Preto é um estudo sobre o que acontece quando o amor e a sanidade se quebram.
Pontos Altos:
- Atmosfera psicológica impecável
- Simbolismo profundo (culpa, punição)
- Escrita envolvente e sombria
- Final impactante e bem memorável
Pontos de Atenção:
- É uma leitura densa e incômoda, não para quem busca conforto
- O tom confessional pode gerar desconforto por sua brutal honestidade
No fim, O Gato Preto é sobre a escuridão que nos habita.
Um lembrete de que o verdadeiro terror nem sempre está fora, mas dentro… Silencioso, à espreita, esperando ser reconhecido.
Nota final:
(5 de 5 estrelas)
Para quem ama o terror psicológico e a escrita simbólica, é um clássico que nunca envelhece, um retrato da mente humana no limite da loucura.
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