Cósmico leitor,

 

Existem amores que florescem à luz do dia.
E existem outros… que nascem no escuro.
Crescem escondidos.
Pulsam com culpa e silêncio.

 

Às vezes, o amor parece errado.
Porque contraria promessas.
Desafia limites.
Revelando partes nossas que não sabemos lidar.

 

E ainda assim, acontece.
Mesmo sem querer.
Sem poder.
Mesmo quando a gente tenta não sentir.

 

Hoje, escrevo para você que já amou na hora errada 
ou do jeito que ninguém entenderia.
Talvez esse texto não te traga respostas.
Mas espero que ele te ofereça espaço.

 

 

 

Amor ou erro?

 

Quando o amor parece errado, o corpo sente primeiro.
Um aperto, um medo…
É o coração batendo por alguém que a cabeça não aprova.
Ou por uma história que o mundo não aceitaria.

 

Não é sobre romantizar o impossível,
mas sobre reconhecer que há sentimentos que vêm sem pedir licença.
E que fingir que não existem 
pode doer mais do que senti-los.

 

A escrita, nesse lugar, pode ser refúgio.
Pode ser desabafo, ritual
ou até uma tentativa.
Pode ser o único espaço onde esse amor pode respirar sem ser julgado.

 

 

Quando escrever é a única forma de amar

 

Existem histórias que a gente só consegue viver no papel.
Porque escrevendo, a gente não machuca ninguém.
Porque escrevendo, a gente permite sentir o que não pode ser dito.
E às vezes, isso é o suficiente.

 

A escrita não resolve a contradição de amar e se culpar.
Mas ela transforma o amor em algo habitável.
Não pra sempre.
Mas por um instante, o tempo da página.

 

 

 

Reflexão cósmica

 

A Deusa da Terra sabe que o amor não é sempre puro e leve.
Às vezes, ele nasce entre rachaduras.
E ele fere… Ô, como fere…
Mas ainda assim, é amor.

 

Escreva sobre ele.
Mesmo que pareça errado.
Mesmo que doa.
Porque a escrita é o único lugar onde o amor pode ser inteiro,
sem precisar ser aceito.

 

 

 

Se quiser, me conta como foi a experiência.

Lembre-se, você não precisa fazer isso sozinho.