Cósmico leitor,
Há experiências que nos moldam de uma forma silenciosa e profunda. Entre elas, estão as desilusões, aquelas pequenas ou grandes quebras de expectativa que deixam marcas na nossa pele e na nossa alma. Elas chegam como tempestades, mas também podem se tornar o solo fértil de onde nascem flores inesperadas.
Hoje, quero abrir um espaço íntimo entre nós para falar das minhas próprias desilusões. Não para expor feridas, mas para mostrar como a escrita sempre esteve ali, como um abrigo ou refúgio e, muitas vezes, a própria cura.

Minhas desilusões
Já vivi desilusões de muitos tipos: as amorosas, que rasgaram cartas e promessas; as de vida, quando caminhos planejados não deram certo; e as internas, quando me decepcionei comigo mesma. Em todas essas vezes, a escrita foi a ponte que me manteve inteira.
Não escrevia para apagar a dor, mas para conversar com ela. Anotar em diários, rabiscar frases soltas, escrever cartas que nunca seriam entregues, criar personagens que sentiam o que eu não conseguia admitir em voz alta… E tudo isso foi uma forma de transformar um nó em linha, de dar sentido ao que parecia caótico.
Com o tempo, percebi que minhas desilusões não eram apenas quedas. Não, elas eram portais. Portais para a criatividade, para o olhar profundo que hoje carrego ao escrever. Cada texto que nasce de uma dor já não é mais sobre a dor em si, mas sobre o que conseguimos criar a partir dela.
Rima de sobrevivência
Cheia de quedas e tropeços,
descobri que rir de mim mesma
é um remédio secreto.
As cartas que nunca chegaram,
os planos que desmoronaram,
viraram piada interna no meu diário.
E com isso que vivi
Não reprimi
eu percebi:
No traço da solidão,
escrevi consolação…
até o tropeço mais duro
rima com superação.

Reflexão cósmica:
A Deusa da Terra sussurra que cada desilusão é um chamado para enraizar-se em si mesma. Já o Deus do Universo lembra que o caos pode ser matéria-prima para criar novas constelações. Entre eles, aprendi que as dores não são fim, mas transformação, ou seja, um convite para unir cura e criação em um mesmo gesto.
Convite à escrita:
Que tal você também escrever sobre uma desilusão que já viveu? Pode ser em forma de diário, carta que nunca será enviada, ou até mesmo um pequeno poema. Deixe que as palavras façam o trabalho de reorganizar aquilo que parece pesado demais para carregar sozinho.
E você, cósmico leitor?
Já transformou alguma desilusão em escrita?
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